Terremoto na Rússia e tsunami: qual o tamanho das ondas, que países foram afetados e os impactos até agora
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Terremoto de 8.8 de magnitude provoca tsunami na Rússia e no Japão
O tsunami causado pelo terremoto de magnitude 8,8 que aconteceu na Península de Kamchatka, na Rússia, na manhã de quarta-feira (30) pelo horário local - noite de terça-feira (29) no Brasil - alcançou diversas regiões ao longo do Oceano Pacífico. O terremoto é o mais forte desde 2011, quando tremores e tsunami atingiram Fukushima, no Japão.
Até agora, os impactos mais severos do tsunami foram registrados no Extremo Oriente Russo, mas os alertas e impactos se estenderam por Japão, alguns países da América e regiões insulares. Não há registro de mortes até o momento.
Acompanhe: Terremoto provoca tsunami na Rússia, no Japão e no estado do Havaí
As autoridades seguem monitorando o risco de novas ondas nas próximas horas. Entre os países que emitiram alertas estão Rússia, Japão, Estados Unidos, México, Guatemala, Equador, Peru, Chile e Costa Rica.
As medidas incluíram evacuações em massa, suspensão de atividades marítimas e recomendações para não aproximação das áreas costeiras.
Veja os países que emitiram alerta
Rússia (principalmente Península de Kamchatka e Ilhas Curilas)
Japão (várias prefeituras costeiras, incluindo Hokkaido, Kanagawa e Wakayama)
Estados Unidos (Havaí, Alasca, costa oeste incluindo Oregon, Washington e Califórnia)
México
Guatemala (com risco avaliado como baixo)
Equador (incluindo as Ilhas Galápagos)
Peru
Chile
Países da América Central com costa no Pacífico
Mapa mostra o epicentro do terremoto na Rússia
Arte/g1
Onde chegou o tsunami
As ondas do tsunami alcançaram localidades costeiras na Rússia, do norte do Japão, partes da costa oeste da América do Norte, o Pacífico Central e, com menor intensidade, zonas costeiras da América do Sul.
Entenda: Como tsunami se formou após terremoto na Rússia e atingiu Japão e EUA
Na Rússia, ondas de 3 a 5 metros atingiram a Península de Kamchatka e as Ilhas Curilas. Em Severo-Kurilsk, portos foram inundados e embarcações destruídas; em Yelizovo, instalações de processamento de pescado e até um jardim de infância sofreram danos. Mais de 2 mil moradores foram evacuados, e há relatos de feridos leves.
Foto de 30 de julho de 2025 mostra a cidade de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas do Norte da Rússia, atingida por tsunami
Governo da Região de Sacalina/AFP
No Japão, o tsunami alcançou cidades costeiras da ilha de Hokkaido, como Kushiro e Iwate, com ondas de até 1,3 metro. Cerca de 1,9 milhão de pessoas receberam ordem de evacuação em 21 prefeituras costeiras. O governo mantém vigilância em toda a costa do Pacífico, de Hokkaido até Kyushu.
No Havaí (EUA), ondas de 1 a 1,2 metro chegaram durante a madrugada, afetando praias como Haleiwa e Hanalei. O governador declarou estado de emergência, voos foram cancelados em Maui e moradores próximos à costa foram retirados.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
A costa oeste dos Estados Unidos (Alasca, Oregon, Washington e Califórnia) registrou aumento do nível do mar e manteve alertas de tsunami. No Canadá e no México, medidas preventivas também foram tomadas.
Em Guam, na Micronésia e em outras ilhas do Pacífico, alertas recomendaram evacuação preventiva.
Na América do Sul, Chile e Equador receberam alertas de ondas de até 3 metros, incluindo nas Ilhas Galápagos.
Na Costa Rica e em países da América Central, recomendações de evacuação foram emitidas, embora os efeitos tenham sido mais brandos.
Os impactos do tsunami até agora
Rússia: Ondas de 3 a 5 metros atingiram o porto e a zona costeira de Severo-Kurilsk, particularmente na ilha de Paramushir. Também foram relatadas ondas de até 4 metros no distrito de Yelizovo, com registro de portos parcialmente inundados e danos em instalações de processamento de pescado.
Japão: 1,9 milhão de pessoas foram evacuadas. Moradores foram vistos buscando abrigo em áreas elevadas. Tsunami atingiu a costa do Pacífico, especialmente em Hokkaido, com ondas de até 1,3 metro nas cidades costeiras como Kushiro, Iwate, Takahagi e Hitachinaka.
Veja mais:
Vídeos mostram destruição causada por tsunami que acompanhou terremoto na Rússia
Timelapse mostra variação de nível do mar durante tsunami no Japão
Médicos em cirurgia seguram paciente durante terremoto na Rússia
Estados Unidos (Havaí, Alasca e Califórnia): Autoridades americanas reportaram aumento de nível do mar em várias praias no Havaí, onde foram registradas ondas de cerca de 1 metro. Todos os residentes próximos à costa receberam instrução para evacuar ou buscar áreas elevadas.
Na Costa Oeste do país, alertas foram emitidos desde Kodiak, no Alasca, até La Jolla, Califórnia. Medições iniciais apontaram elevação do nível do mar em diversos pontos.
Ilhas do Pacífico, Guam, Micronésia: Alertas de tsunami foram emitidos para a ilha de Guam, diversas ilhas na Micronésia e outros territórios insulares, prevendo ondas perigosas e recomendando evacuação preventiva.
América do Sul: Alertas para chegada de ondas foram divulgados para as costas do Chile e Equador, ainda que as ondas esperadas fossem significativamente menores em relação àquelas registradas próximas ao epicentro.
Magnitude
De acordo com a universidade americana Michigan Tech, o potencial de danos que cada intervalo de magnitude causa é das seguintes dimensões:
Até 2,5: Não chega a ser sentido, mas os sismógrafos registram.
De 2,5 a 5,4: É sentido, mas causa apenas pequenos danos.
De 5,5 a 6,0: Danos a edifícios e outras estruturas.
De 6,1 a 6,9: Causam muitos danos em áreas densamente povoadas.
De 7,0 a 7,9: É um grande terremoto, com danos sérios, como prédios destruídos, em áreas habitadas.
De 8,0 ou mais: É um terremoto ainda mais forte, que pode destruir totalmente comunidades perto do epicentro.
De acordo com o USGS, um terremoto tem uma única magnitude, mas registro desse número pode ser revisado pelos sismógrafos com novos dados.
A escala para medir terremotos mais conhecida é a Richter, mas, na prática, ela já está em desuso.