França pode criar imposto a 'super-ricos': entenda a polêmica que divide governo e empresários

  • 17/09/2025
(Foto: Reprodução)
g1 em 1 Minuto: Forbes divulga ranking dos 10 maiores bilionários do Brasil em 2025 Os super-ricos devem pagar mais impostos? O novo primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, parece disposto a quebrar esse tabu estabelecido durante o mandato do presidente Emmanuel Macron, em meio a pedidos por "justiça fiscal". Lecornu poderia incluir essa medida em seu plano orçamentário para 2026, cuja discussão começou nesta quarta-feira (17), numa tentativa de evitar que o Parlamento derrube seu governo, como ocorreu com seus dois antecessores. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para garantir uma maioria estável, o político de centro-direita busca o apoio da oposição socialista, que cobra diversas medidas, incluindo a implementação da chamada "taxa Zucman". A proposta prevê taxar em 2% ao ano fortunas acima de 100 milhões de euros (cerca de R$ 626 milhões), atingindo apenas 0,01% dos contribuintes, segundo seu idealizador, o economista francês Gabriel Zucman. A iniciativa poderia gerar 20 bilhões de euros por ano (cerca de R$ 125 bilhões). Esse valor seria relevante para um governo pressionado a reduzir o déficit (5,8% do PIB em 2024) e a dívida pública (114%). Apoio popular O montante representaria quase metade da economia prevista pelo antecessor de Lecornu, François Bayrou, em seu plano orçamentário para 2026, que previa cortes sociais e a eliminação de dois feriados. O Parlamento, porém, rejeitou a proposta. "Estamos diante de um bloqueio orçamentário, político, pela recusa em abordar seriamente o problema da não tributação dos super-ricos", disse Zucman à rádio France Inter. As exigências por "justiça fiscal" marcaram os protestos de 10 de setembro e também a greve convocada pelos sindicatos para quinta-feira (18). "O orçamento será decidido nas ruas", afirmou Sophie Binet, líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT) da França. As autoridades estimam a presença de 400 mil manifestantes, o dobro da mobilização anterior. Segundo uma pesquisa da Ifop, contratada pelos socialistas e divulgada na terça-feira (16), 86% dos franceses são favoráveis à "taxa Zucman" e 79% apoiam a redução dos subsídios às grandes empresas. Rejeição patronal O novo primeiro-ministro prometeu "rupturas" em relação aos antecessores. Entre suas primeiras medidas estão a desistência da supressão de feriados e o fim dos benefícios "vitalícios" para ex-membros do governo. Apesar de se declarar "disposto" a lutar por "justiça fiscal", Lecornu rejeitou a taxa Zucman. Seus aliados republicanos de direita no governo também se opõem, assim como a extrema direita de Marine Le Pen. A federação patronal Medef ameaçou organizar uma "grande mobilização" de empresários caso os impostos aumentem, classificando a taxa Zucman como uma "forma de expropriação". O alerta é inédito durante o mandato de Macron, que, desde 2017, reduziu impostos sobre empresas e grandes fortunas em nome da competitividade e da atratividade da segunda maior economia da União Europeia. Segundo o Senado, que pediu maior fiscalização, os subsídios públicos a grandes empresas somaram pelo menos 211 bilhões de euros (cerca de R$ 1,32 trilhão) em 2023. Torre Eiffel, em Paris, em 9 de maio de 2022 AFP

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/09/17/franca-pode-criar-imposto-a-super-ricos-entenda-a-polemica-que-divide-governo-e-empresarios.ghtml


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