Dólar emplaca 4ª queda seguida e fecha a R$ 5,71, após recuo de Trump sobre Powell e China; Ibovespa sobe mais de 1,3%

  • 23/04/2025
(Foto: Reprodução)
A moeda norte-americana caiu 0,16%, cotada a R$ 5,7184. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,34%, aos 132.216 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar emplacou a 4ª queda consecutiva nesta quarta-feira (23) e fechou cotado a R$ 5,71. O dia foi mais tranquilo para os mercados financeiros globais, que continuaram a repercutir o tom mais ameno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell , e às tarifas sobre a China. Após criticar Powell na última semana e afirmar que o banqueiro central deixaria o cargo se fosse solicitado, Trump disse, na terça-feira (22), que não planeja demitir o presidente do BC norte-americano. Embora Trump não possa demitir o presidente do Fed de maneira simples e rápida (isso só poderia acontecer com um longo processo que comprovasse a má atuação de Powell), o recuo do republicano acalma os investidores, que temiam que as falas do presidente pudessem representar um desejo de interferir na instituição. Além disso, Trump também voltou a falar em um tom mais ameno sobre a China. Ele se disse otimista com a possibilidade de conseguir chegar a um acordo comercial com o país asiático, o que poderia "reduzir substancialmente" as tarifas aplicadas sobre os produtos chineses importados pelos EUA". O presidente disse que, em um eventual acordo final, as tarifas não ficariam "nem perto" das taxas atuais, ainda que não sejam zeradas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar O dólar caiu 0,16%, cotado a R$ 5,7184. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6584. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: recuo de 1,48% na semana; ganho de 0,22% no mês; e perda de 7,46% no ano. No dia anterior, a moeda americana teve queda de 1,32%, cotada a R$ 5,7278. a 📈Ibovespa O Ibovespa encerrou em alta de 1,34%, aos 132.216 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: alta de 1,98% na semana; avanço de 1,50% no mês; e ganho de 9,92% no ano. Na véspera, o índice teve alta de 0,63%, aos 130.464 pontos. O que está mexendo com os mercados? O tom mais brando usado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para falar sobre o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a China trouxe alívio para os mercados nesta quarta-feira. Na véspera, o republicano afirmou que não tem planos de demitir Jerome Powell, atual presidente do Fed, mas reforçou que gostaria que as taxas de juros fossem mais baixas. "Não tenho intenção de demiti-lo", disse Trump a repórteres no Salão Oval. "Gostaria de vê-lo um pouco mais ativo no que diz respeito à ideia de reduzir as taxas de juros", acrescentou. A declaração veio após dias de pressão e críticas de Trump contra Powell. Na última quinta-feira (17), o republicano chegou a ameaçar a permanência do banqueiro central no cargo — mesmo sem ter poder para demiti-lo. Trump disse que, caso peça para o chefe do BC deixar a função, ele irá deixar — o que foi negado por Powell. As taxas de juros nos EUA estão, atualmente, entre 4,25% e 4,50% ao ano — um patamar alto para os padrões de juros do país — e Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros. 🔎 Isso porque juros altos são uma ferramenta para controlar a inflação, já que encarecem a tomada de crédito pela população e pelas empresas e, assim, impacta os níveis de consumo e investimentos da economia, reduzindo a pressão sobre os preços. ⚠️ No entanto, com menor consumo, a atividade econômica tende a desacelerar, afetando o crescimento da economia do país. O mau humor de Trump com Powell ocorreu após o presidente do Fed criticar o tarifaço imposto pelo republicano. Segundo Powell, a guerra tarifária iniciada pelos EUA pode dificultar o trabalho do BC americano, que toma suas decisões sempre guiado pelo objetivo de controlar a inflação e fortalecer o mercado de trabalho. As tarifas maiores podem encarecer os custos de produção no país e esses preços tendem a ser repassados para o consumidor, impactando a inflação. Além disso, Trump ainda chegou a dar sinalizações mais positivas sobre a guerra tarifária com a China — o que também trouxe alívio aos mercados financeiros. O republicano afirmou que um entendimento com o gigante asiático poderia "reduzir substancialmente" as tarifas aplicadas sobre os produtos chineses importados pelos EUA. Segundo cálculos da Casa Branca, as taxas totais contra o país já chegam a 245%. "Teremos uma negociação justa com a China", disse Trump nesta quarta-feira (23). Durante a tarde, a porta-voz da Casa Branca, Katherine Leavitt, afirmou que não haverá redução unilateral nas tarifas sobre produtos importados da China, durante entrevista à Fox News. Segundo a agência de notícias Reuters, fontes familiarizadas com o assunto afirmaram que a Casa Branca avalia a possibilidade de reduzir as tarifas sobre as importações chinesas enquanto aguarda as negociações dos EUA com Pequim. Trump, no entanto, ainda não teria tomado uma decisão. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também tem sinalizado a expectativa de uma redução nas tensões comerciais entre os dois países. "Há a oportunidade de um grande acordo entre Estados Unidos e China", disse nesta quarta-feira. "As tarifas entre EUA e China provavelmente terão que ser reduzidas para que possa haver alguma negociação comercial", acrescentou, afirmando que as taxas estão "insustentáveis". O secretário do Tesouro norte-americano ainda afirmou que as negociações tarifárias não devem ser longas e reiterou que os EUA já estão chegando perto de um acordo com a Índia. Já o presidente da China, Xi Jinping, voltou a afirmar nesta quarta-feira (23) que as guerras tarifárias e comerciais minam os direitos e interesses legítimos de todos os países, prejudicam o sistema multilateral de comércio e afetam a ordem econômica mundial. As afirmações foram feitas durante uma reunião de Xi com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e divulgadas pela agência oficial de notícias Xinhua. Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA indicou que a atividade empresarial do país desacelerou para o nível mais baixo em 16 meses em abril. O indicador foi divulgado nesta quarta-feira, pela S&P Global. Os dados também mostraram que os preços cobrados por bens e serviços subiram, em meio à incerteza causada pelas tarifas, reforçando os temores do mercado financeiro de uma estagflação que pode colocar o Federal Reserve em uma situação difícil. Já as vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos aumentaram 7,4% em março, mais do que o esperado, segundo o Departamento de Comércio do país. O movimento, indica o órgão, reflete a perspectiva de que os compradores correram para aproveitar a queda nas taxas de hipoteca, mas ainda há uma preocupação com a recuperação do mercado imobiliário. *Com informações da agência de notícias Reuters.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/04/23/dolar-ibovespa.ghtml


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