(Foto: Reprodução) Foto de 15 de agosto de 2025 - Putin e Trump durante cúpula no Alasca
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na sexta-feira (10) que Moscou já está envolvida em uma corrida armamentista nuclear com grandes potências mundiais, incluindo os Estados Unidos.
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Questionado se a Rússia estaria disposta a testar uma arma nuclear se os EUA o fizessem, Putin respondeu que alguns países estavam considerando testes com tais armas e que a Rússia também estaria disposta a realizar um teste se outros o fizessem.
“Acho que, francamente, há uma corrida armamentista em andamento. Se isso vai ou não levar o mundo de volta aos anos 1990, é difícil dizer. Alguns países estão pensando nisso [fazer testes de armas nucleares] e, pelo que sei, estão até se preparando para isso. Se eles fizerem, nós faremos o mesmo. Isso é bom ou ruim? Do ponto de vista da segurança, é bom. Do ponto de vista do quadro geral relacionado à dissuasão e às ações voltadas a, se não reduzir, ao menos conter a corrida armamentista, é ruim”, afirmou Putin.
A fala de Putin vai na linha do que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse mais cedo nesta semana, quando afirmou categoricamente que a Rússia faria testes nucleares caso os EUA ou outros países do mundo também o fizessem.
As declarações de Putin ocorrem em um momento de escalada de tensões com os Estados Unidos por conta do iminente vencimento de acordos que envolvem armas nucleares e também com a Otan, por conta de incidentes com drones em território europeu que escalaram a retórica entre os dois lados.
Putin disse que as capacidades de dissuasão nuclear da Rússia são superiores às de qualquer outro país do mundo e que seu Exército está desenvolvendo novas armas de dissuasão nuclear. Ele aproveitou também para, com base nisso, minimizar a importância do tratado de controle de armas nucleares, o New START, que Moscou tem com os EUA e expira em fevereiro de 2026.
O presidente russo também criticou nesta sexta-feira exercícios de dissuasão nuclear anunciados pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que terão início na próxima segunda-feira (13).
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